O post de hoje será dedicado a falar sobre a evolução da produção dos gases de efeito estufa no Brasil com foco no CO2.
Recapitulando o que comentamos nos posts anteriores, os gases do efeito estufa que envolvem a Terra - os principais são o gás carbônico e o metano - absorvem parte da radiação infravermelha refletida pela superfície terrestre, impedindo que a radiação escape para o espaço e aquecendo a superfície da Terra.
O dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) é emitido, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) nas atividades humanas. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima, o CO2 é o principal "culpado" pelo aquecimento global, sendo o gás de maior emissão pelos humanos (aproximadamente 78%).
O gás metano (CH4) é produzido pela decomposição da matéria orgânica. É abundante em aterros sanitários, lixões e reservatórios de hidrelétricas, e também pela criação de gado e cultivo de arroz. Também é resultado da produção e distribuição de combustíveis fósseis (gás, petróleo e carvão). Se comparado ao CO2, também é mais perigoso: o metano é mais eficiente na captura de radiação do que o CO2. O impacto comparativo de CH4 sobre a mudança climática é mais de 20 vezes maior do que o CO2, isto é, 1 unidade de metano equivale a 20 unidades de CO2.
Dito isso, no Brasil temos o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), que é uma iniciativa do Observatório do Clima, o qual compreende a produção de estimativas anuais das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, documentos analíticos sobre a evolução das emissões e um portal na internet para disponibilização de forma simples e clara dos métodos e dados do sistema.
Segundo dados da nova edição do SEEG, lançado pelo Observatório do Clima no dia 26 de outubro de 2017, as emissões nacionais de gases de efeito estufa subiram 8,9% em 2016 em comparação com o ano anterior. É o nível mais alto desde 2008 e a maior elevação vista desde 2004. O Brasil é responsável por 3,4% das emissões mundiais, o que mantém o país como sétimo maior poluidor do planeta. O Brasil não é o único país a apresentar aumento das emissões, mas é a única grande economia do mundo a aumentar a poluição sem gerar riqueza para sua sociedade.
O relatório apontou que a elevação nas emissões no ano passado se deveu à alta de 27% no desmatamento na Amazônia. Hoje a atividade agropecuária é, de longe, a principal responsável pelas emissões de gases de efeito estufa no país: ela respondeu por 74% das emissões nacionais em 2016, somando as emissões diretas da agropecuária (22%) e as emissões por mudança de uso da terra (51%). Se fosse um país, o agronegócio brasileiro seria o oitavo maior poluidor do planeta.
Recapitulando o que comentamos nos posts anteriores, os gases do efeito estufa que envolvem a Terra - os principais são o gás carbônico e o metano - absorvem parte da radiação infravermelha refletida pela superfície terrestre, impedindo que a radiação escape para o espaço e aquecendo a superfície da Terra.
O dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) é emitido, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural) nas atividades humanas. Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima, o CO2 é o principal "culpado" pelo aquecimento global, sendo o gás de maior emissão pelos humanos (aproximadamente 78%).
O gás metano (CH4) é produzido pela decomposição da matéria orgânica. É abundante em aterros sanitários, lixões e reservatórios de hidrelétricas, e também pela criação de gado e cultivo de arroz. Também é resultado da produção e distribuição de combustíveis fósseis (gás, petróleo e carvão). Se comparado ao CO2, também é mais perigoso: o metano é mais eficiente na captura de radiação do que o CO2. O impacto comparativo de CH4 sobre a mudança climática é mais de 20 vezes maior do que o CO2, isto é, 1 unidade de metano equivale a 20 unidades de CO2.
Dito isso, no Brasil temos o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), que é uma iniciativa do Observatório do Clima, o qual compreende a produção de estimativas anuais das emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil, documentos analíticos sobre a evolução das emissões e um portal na internet para disponibilização de forma simples e clara dos métodos e dados do sistema.
Segundo dados da nova edição do SEEG, lançado pelo Observatório do Clima no dia 26 de outubro de 2017, as emissões nacionais de gases de efeito estufa subiram 8,9% em 2016 em comparação com o ano anterior. É o nível mais alto desde 2008 e a maior elevação vista desde 2004. O Brasil é responsável por 3,4% das emissões mundiais, o que mantém o país como sétimo maior poluidor do planeta. O Brasil não é o único país a apresentar aumento das emissões, mas é a única grande economia do mundo a aumentar a poluição sem gerar riqueza para sua sociedade.
O relatório apontou que a elevação nas emissões no ano passado se deveu à alta de 27% no desmatamento na Amazônia. Hoje a atividade agropecuária é, de longe, a principal responsável pelas emissões de gases de efeito estufa no país: ela respondeu por 74% das emissões nacionais em 2016, somando as emissões diretas da agropecuária (22%) e as emissões por mudança de uso da terra (51%). Se fosse um país, o agronegócio brasileiro seria o oitavo maior poluidor do planeta.
Por outro lado, quase todos os outros setores da economia tiveram queda nas emissões.
A mais expressiva foi no setor de energia, que viu um recuo de 7,3% – a
maior baixa em um ano desde o início da série histórica, em 1970. O
setor de processos industriais teve redução de 5,9%, e o de resíduos,
0,7%.
No setor de energia, que antes da crise vinha crescendo rapidamente
em emissões, a queda de 7,3% foi puxada pela retração da economia e pelo
crescimento da participação das energias renováveis na matriz elétrica.
As emissões associadas à geração de eletricidade caíram 30% no ano passado.
Isso se deveu à redução da participação das usinas termelétricas
fósseis, cuja geração caiu 28% devido à recuperação parcial dos
reservatórios das hidrelétricas.
Abaixo é mostrado um gráfico, também presente no SEEG, que mostra a evolução das emissões de CO2 no Brasil. Nota-se que 2016 foi o segundo ano de alta, após um período de estagnação.
SEEG (Observatório do Clima, 2017). |
Em resumo, nosso cenário atual tem a pior manchete climática do planeta: aumento de emissões em razão de desenfreada destruição florestal e totalmente dissociado da economia. Isso acende uma luz amarela para o cumprimento da Política Nacional de Mudanças Climáticas. A lei estabelece que o Brasil precisa chegar a 2020 com emissões não superiores a 2,2 bilhões de toneladas de CO2 equivalente – exatamente o que foi emitido em 2016. Se não reverter o desmatamento, o país pode não cumprir a meta caso as emissões dos outros setores retomem o ritmo de alta de antes da recessão, em especial o de energia.
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REFERÊNCIAS
http://www.oeco.org.br/dicio
nario-ambiental/28261-gases-do-efeito-estufa-dioxido-de-carbono-co2-e-metano-ch4/
http://plataforma.seeg.eco.br/total_emission
http://seeg.eco.br/
http://seeg.eco.br/2017/11/01/emissoes-do-brasil-sobem-9-em-2016/
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